- Área: 2 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Eugeni Pons, David Romero-Uzeda
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Fabricantes: Atlas Schindler, CDI, CK CARRELAGE, COEXIA, ENGIE AXIMA, Floorcolor, GENTY, HUGON, INDIGO, LD DECORATION, LECLERC, MANGANELLI, MECASCENIC, OLIVIER, PLATRES MODERNES JOBIN, TEVILOJ, TOMMASINI, TUBE 2000, VANHENIS
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situado no tecido urbano ortogonal da cidade de Mons-en-Barœul, o centro cultural teve algumas de suas porções rotacionadas para proporcionar vistas melhores para a cidade. O edifício ganha em autonomia e se torna um marco urbano. Ele possui três estúdios de música, um auditório modular de 500 lugares, um bar, uma galeria de exposições e uma grande sala de ensaios.
A rotação do volume da grande sala de ensaio cria um grande espaço vazio no interior que se conecta com os outros elementos do projeto. O conflito geométrico gerado por este pivotamento é revelado pela forma triangular que o espaço vazio cria. Juntamente com as linhas diagonais da escada, as paredes dobram-se num movimento ascendente.
As superfícies pretas laqueadas tornam a percepção do espaço mais complexa. Bem no topo, a luz que vem do teto branco dá a impressão de um céu estrelado. Os espaços estão reunidos em torno deste estranho coração, que pode ser lido como uma espécie de deslocamento interno. A instabilidade espacial gerada pelas dobras e reflexões cria uma atmosfera estranha.
Os assentos retráteis que cobre dois terços do auditório permite uma ampla gama de usos. O grid se estende além da projeção do palco, permitindo também inúmeras configurações de palco, como cenários acústicos e arranjos gerais.
Com um centro administrativo reduzido ao mínimo, as áreas dedicadas aos diferentes tipos de prática musical ocupam todo o edifício. O bar e a galeria se misturam ao espaço ocupado pelo auditório, adicionando um aspecto generoso ao projeto.
O envelope externo tem uma aparência bastante áspera. O concreto cinza apresenta dois tipos de acabamento: algumas das superfícies são de concreto bruto, enquanto outras são polidas. A adição de espelho triturado aos agregados de concreto dá à fachada um brilho mágico que varia conforme as condições de luz.
A quintessência do projeto deriva de seu contexto. Seus volumes simples não tentam competir com os arranha-céus circundantes. Ao emancipar-se da geometria urbana, sua humilde singularidade é destacada. Com isso, o edifício não é um concorrente, ele busca transcender as marcas do tempo.